quarta-feira, 27 de março de 2013

Desafio #1: Porque o tio Adriano consegue e a SPTRANS não consegue?

Gostaria de incluir algumas questões as quais eu não consigo encontrar uma explicação racional. Por isso, peço ajuda dos leitores ou especialistas da área de mobilidade urbana a fim de tentar entender melhor porque é que essas coisas funcionam dessa maneira. Vejamos a primeira:

1.Porque o tio Adriano consegue e a SPTRANS não consegue? Explico: Meu filho de 10 anos utiliza o transporte escolar para ir e vir da escola. O tio do transporte é um profissional autônomo, presta esse serviço com tudo 100% regularizado, faz a manutenção do veículo, paga as taxas de licenciamento e vistoria tanto à Prefeitura quanto ao Governo do Estado, ganha seu pró-labore arduamente, possivelmente paga o financiamento do veículo, e, para tudo isso, cobra o valor de R$ 140,00 mensais para o transporte porta-a-porta do meu filho, com toda a segurança, conforto e comodidade possível. O valor por trajeto cobrado por ele é, portanto, R$ 3,18. A distância da minha casa à escola é de 6km mas o percurso total que ele faz para embarcar e desmbarcar outras crianças é de aproximadamente 20km por período, 3 vezes por dia, o que totaliza aproximadamente 60km por dia. Se fizermos os cálculos, veremos que não dá pra enriquecer com transporte escolar, mas dá pra viver com dignidade prestando esse serviço. Agora fica a pergunta: porque a SPTRANS, que tem (ou deveria ter) uma gestão profissional do negócio, ganhos de escala significativos, sistemas de informação de última geração à sua disposição, utiliza-se da vantagem da integração entre veículos e outros modais, não consegue prestar um serviço de transporte público com qualidade, tendo que transportar a grande maioria dos passageiros em pé, sem conforto, ar condicionado nem se fala (kkkk), sem uso de cinto de segurança para os que estão sentados, sem qualquer comprometimento com o embarque e desembarque porta-a-porta (como o tio Adriano faz), e mais, utilizando verbas públicas para subsidiar o sistema, (é isso mesmo!!!) pois o custo da passagem não se limita aos R$3,00 cobrados na catraca e tem uma parcela adicional relevante paga pelo dinheiro dos impostos (alguém sabe quanto?!?!) recolhidos inclusive de quem não usa o sistema! Ora, deve haver uma explicação lógica para isso! Me ajudem a entender isso por favor.

2 comentários:

  1. Oi Léo, até que enfim encontrei o campo para responder e deixar meus comentários!!!

    Gostaria de sugerir para facilitar as postagens, criar um espaço com cores contrastantes para falicitar a visualização escrito: clique aqui e deixe sua mensagem.

    O seu texto está bom, mas sinto que se tiver mais cores e imagens, servirão para incentivar a criação de novas idéias.

    Estas imagens não se restringem apenas para ideías adultas mas sim, abrir espaço para as crianças e adolescentes, pois eles sempre tem idéias simples e práticas. Além de ser um incentivo a participação de todos visto que vc citou o exemplo do transporte escolar.

    Ao meu ver, São Paulo é uma cidade que precisa se re-planejar
    e se re-encontrar e se situar no contexto urbano atual e futuro. Embora seja uma Metrópole, parece perdida em si mesma.

    Pois do jeito que está, não consegue se imaginar daqui a 5, 10, 20, 50, 100 anos...

    Penso que antes disso JESUS já voltou!!! Haleluiah!!! Mas voltando ao assunto...

    Não basta apenas observar a situação atual e os custos e sim, ver do alto essa corrente "sanguínea" onde os "triglicérides dos congestionamentos" precisam ser encontrados e extintos...

    Há muitos pontos de gargalo na cidade e muitos aspectos culturais a serem pautados... Não se trata apenas de uma solução para cada item apresentado, e sim disponibilizar outros meios para se evitar sair de casa...

    O ensino a distância tem feito a sua parte... Os delíveris tem feito a parte deles... Algumas empresas funcionam em sistema home... E muitos outros serviços podem ser adaptados para a realidade paulista.

    O que precisa ser compreendido é que quanto menos carros nas ruas melhor
    pois se alguém precisar chegar a um hospital, pode morrer por falta de atendimento devido aos consgestionamentos.
    E assim vale para casos policiais, aeroporto, etc...

    O termo mobilidade urbana deve levar em consideração vários fatores.

    O correto é ilustrar o problema com os olhos de Deus na perspectiva do corpo humano

    O centro ( coração ) tem um sistema de fluxo bem inteligante, onde as vias centrais são todas mais amplas e as periféricas chegam a ser micro.

    No corpo cada órgão tem sua função e não muda de lugar... Mas aí tudo muda continuamente sem pensar no futuro...


    Uma sugestão simples seria priorizar as necessidades e usar o bom senso...

    Criar-se novos serviços que auxiliem no FOCO - O foco não é um sistema de bilhete único e sim ideias e novos nichos de mercado para esvaziar as ruas... E maximizar a qualidade de vida onde vc estiver... Pois o tempo perdido no trânsito pode ser util em outras funções...

    Cada pessoa consciente dessa situação precisa organizar sua vida de modo a interferir o mínimo possível na rotina do outro. Se cada cidadão Paulista, evitar ao máximo utilizar qualquer tipo de transporte, quando realmente for necessário, utilizará com disciplina e coerencia.

    Bem, não sei se o que escrevi faz sentido pra vc mas pode ser que alguma coisa possa se encaixar no seu trabalho.

    Bjs a todos


    Cristina Ruas ( ARN )

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  2. Obrigado pelo comentário Cri. Recomendo que conheça as ideias do Engenheiro Adriano Branco, especialista da área (www.adrianobranco.eng.br). Bjs.

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